(De Romances de Cafundós / 1992)
Janelas pras manhãs
e tanto sol e tanta luz.
Os galos e os perus…
Sangrados flamboyants…
A filha do patrão
Ainda espera o peão
Nas luas de promessa e nos dias azuis
Porém, não foi por nada
que esse guri de amar
danou-se a andar e andar
estrada e mais estrada.
E longe de esquecê-la,
sabendo que era em vão,
se amasiou com a estrela
mais próxima do chão.
Há tanto e tanto mundo
entre o galpão e a sala
que nem o exílio iguala
Diana e Juvenal.
O amor, quando começa,
Já sabe o seu final
em luas de promessa,
sonhos de carnaval.